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Climatério e a Menopausa e a Reposição Hormonal na Saúde da Mulher: mitos e verdade

Confundir climatério com menopausa é algo que acontece constantemente, já que ambas as situações se referem a um momento de vida da mulher, porém, cada uma representa um período distinto. O climatério é o período da vida biológica da mulher que marca a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. É o conjunto de sintomas que surgem antes da menopausa, quando ocorrem oscilações hormonais e variação no ciclo menstrual, até a fase de pós-menopausa. É comum a irregularidade menstrual nessa fase, geralmente com ciclos mais longos em intervalos, assim como sintomas da depleção hormonal, típicos da menopausa, que podem já surgir nesta fase. Chama-se de menopausa o período da vida da mulher após uma ano de ausência de menstruação, é uma data na vida da mulher semelhante a data da primeira menstruação que se chama menarca.

Quais são os sintomas da menopausa?

Entre os sintomas, estão a alteração do ciclo menstrual, alteração do humor – como irritação e depressão, diminuição do desejo sexual, dor de cabeça e tontura. Podem aparecer também alterações locais no aparelho genital feminino, como, por exemplo, ressecamento da mucosa vaginal, podendo em alguns casos, levar a desconforto ou dor na relação sexual. Outros sintomas podem aparecer com o climatério, mas levam mais tempo para se manifestarem, como osteoporose e doenças cardiovasculares.

A falta dos hormônios produzidos pelos ovários acarreta, em menor ou maior grau de sintomatologia, alterações nas esferas neurogênica, com fogachos e ondas de calor, calafrios, sudorese, taquicardia, cefaleia e tonturas; psíquica, como ansiedade, intensificação de depressão e irritabilidade; sexual, como diminuição da libido, ressecamento vaginal e diminuição de lubrificação, sangramentos por ressecamento intenso e dor durante as relações; sistêmica, como osteoporose, piora do perfil de colesterol, placas de ateroma e maior risco cardiovascular; urogenital e sexual, como prurido na vulva, urgência miccional, incontinência urinária aos esforços, dor ao urinar e aumento do risco de infecções urinárias; e cutânea, como alteração de pele com afinamento, dermatites e alteração na pilificação.

O que é terapia hormonal?

A terapia de reposição hormonal (TRH) ou terapia hormonal (TH) consiste na administração de hormônios femininos às mulheres no climatério ou na menopausa como o objetivo de melhoras dos sintomas mais comuns que acompanham a menopausa e que atrapalham a qualidade de vida as mulher.

Com a chegada do climatério, o corpo da mulher passa a produzir bem menos hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona. As alterações típicas dessa fase são resultado desse declínio hormonal. Nem todas as mulheres precisam se preocupar em os repor, mas aquelas que têm sintomas moderados a intensos podem se beneficiar da terapia hormonal.

Existem muitas formas de fazer a reposição hormonal. Alguns métodos combinam os hormônios estrogênio e progesterona, enquanto outros usam somente estrogênio. A reposição pode ser feita de diferentes maneiras, incluindo comprimido, gel, adesivos aplicados à pele e implantes subcutâneos.

Os hormônios usados, a dosagem, a forma de administração e o tempo de uso serão determinados pelo médico após avaliação criteriosa e levando em conta suas necessidades individuais. Você deverá ser reavaliada periodicamente para ajuste da dose. Por conta dos riscos associados, o tratamento deve ser feito pelo menor tempo e dose possível.

Tema que ainda divide opiniões e enfrenta certa resistência entre as mulheres, a reposição hormonal durante a menopausa pode melhorar uma série de sintomas desagradáveis que surgem nessa fase da vida.

Quais são os principais benefícios da terapia de reposição hormonal?

No alívio dos sintomas da menopausa a terapia hormonal é efetiva em reduzir a frequência e a intensidade do fogacho, as ondas de calor que surgem entre 60% a 80% das mulheres no período da menopausa. Este sintoma pode prejudicar a qualidade de vida e a rotina diária. O tratamento também melhora outros incômodos comuns dessa fase, incluindo suores noturnos.

Melhora da vida sexual: a terapia hormonal ajuda a melhorar a libido, isto é, o desejo sexual, além de possibilitar uma melhora na satisfação sexual da mulher através do alivio de sintomas desagradáveis, como ressecamento vaginal e dor durante o sexo. Esses sintomas atingem cerca de 45% das mulheres na menopausa.

Prevenção da osteoporose: a terapia hormonal previne a perda óssea e reduz as chances de fraturas por osteoporose na pós-menopausa. Ela pode ser indicada para a prevenção deste problema para mulheres com menos de 60 anos. Para saber se a terapia hormonal é uma opção de tratamento adequada para você, converse com seu médico.

A terapia endócrina pode ser realizada por praticamente todas as mulheres, exceto as mulheres que tiveram câncer de mama ou endométrio, as que tem história de trombose ou tendência a trombose. O tabagismo é uma contraindicação relativa uma vez quer aumenta o risco de trombose.

A reposição hormonal e o câncer de mama

A terapia de reposição hormonal aumenta o risco de câncer de mama, alguns estudos mostraram que não são todos os tipos reposição hormonal que promovem esse aumento. A reposição hormonal com progesterona sintética que mostrou um aumento significante nos casos de câncer de mama. A utilização de estrogênios associados a progesterona natural não tem mostrado esse aumento. Mulheres com risco pessoal de câncer de mama, isto é, aqueles que realizaram biópsias com lesões que aumentam o risco ou tem uma história familiar importante não devem realizar reposição hormonal.

Quais são os efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da reposição hormonal são dor nas mamas (mastalgia), enjoo e cefaleia, ou seja, aproximadamente os mesmos de uma pílula anticoncepcional. Efeitos colaterais comuns da terapia hormonal combinada (associação de estrogênio em baixas doses + progesterona) são de intensidade leve e normalmente cessam após um período de adaptação. Sangramentos, chamados de “sangramentos de escape”, e náuseas podem ser contornados com aconselhamento médico e medicações sintomáticas.

Com relação ao aumento de peso, devemos lembrar que a mulher na menopausa apresenta maior tendência a aumento da massa gordurosa e probabilidade de aumentar de peso com ou sem uso de hormônios. A reposição hormonal realizada de forma adequada não aumenta essa tendência, podendo ate facilitar a manutenção do peso.

Existem alternativas para as mulheres que não podem ou não querem fazer o tratamento hormonal?

Podemos tratar individualmente cada um dos sintomas, como por exemplo. As ondas de calor podem ser tratadas com remédios para neuropatia diabética e antidepressivos, existem hidratantes vaginais para melhorar o ressecamento, medicações para segurar a perda óssea e medicamentos dermatológicos para queda de cabelo. São vários medicamentos que podem ser substituídos apenas por um, por isso, sempre que a pessoa pode, recomendamos o tratamento hormonal.

Pesquisas indicam que um estilo de vida saudável, com exercícios físicos regulares e alimentação balanceada, podem reduzir os sintomas do climatério, já que o período também é influenciado pelos níveis de estresse no organismo. Evitar o tabagismo também trará muitos benefícios, já que além de causar diversas doenças, o hábito pode antecipar a menopausa em um ou dois anos. O consumo de alimentos ricos em cálcio ajuda a reduzir os casos de osteoporose.

A terapia de reposição hormonal deve ser indicada individualmente, nos casos sintomáticos, logo nos primeiros anos do inicio dos sintomas, seja no climatério ou na menopausa, devidamente acompanhada pelo ginecologista.

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Rastreamento Câncer do Colo do Útero

A prevenção do câncer de colo uterino inclui a detecção precoce e a vacinação contra o HPV. Tanto a incidência como a mortalidade por câncer do colo do útero foram reduzidas significativamente em países desenvolvidos com programas organizados de rastreamento de base populacional com o exame citopatológico do colo do útero (Papanicolaou). Sua incidência nos países em desenvolvimento é cerca de 5 vezes maior do que em países mais ricos. Cerca de metade das pacientes com esta neoplasia relatam nunca terem feito Papanicolaou e a proporção daquelas que não fizeram regularmente é relevante.

O INCA estima para 2020-2022 que o número de casos novos de câncer do colo do útero esperados para cada ano do triênio, será de 16.710. Com um risco estimado de 16,35 casos a cada 100 mil mulheres. Ele ainda é o câncer de maior incidência na região norte, segundo no nordeste e centro-oeste, quarto no sul e quinto no sudeste. Infelizmente o número de mortes ainda é extremamente alto, foram 6.385 brasileiras que perderam a vida por esse câncer que tem prevenção e diagnóstico precoce conhecido.

As recomendações de rastreamento mundial têm mudado significativamente na última década, devido às evidências de regressão de resultados citológicos anormais na grande maioria dos casos. Recomenda-se início aos 21 anos de idade na maioria dos países, com citologia oncótica cérvico-vaginal, continuando a cada 3 anos, ou com co-teste (citologia associado ao teste de DNA-HPV por captura híbrida) a cada 5 anos, esta estratégia aplicada a mulheres com mais de 30 anos. Exames com frequência anual não são mais recomendados devido às altas taxas de resultados falso-positivos, à falta de impacto na prevenção do câncer cervical e custos excessivos desnecessários em saúde pública.
No Brasil, o rastreamento com citologia oncótica é recomendado para mulheres entre 25 e 64 anos e que já iniciaram atividade sexual. Antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de baixo grau, que regredirão espontaneamente na maioria dos casos. Após os 65 anos, por outro lado, se a mulher tiver feito os exames preventivos regularmente, com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical é reduzido dada a sua lenta evolução. A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame Papanicolaou a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano. É importante destacar que a priorização de uma faixa etária não significa a impossibilidade da oferta do exame para as mulheres mais jovens ou mais velhas. Na prática assistencial, a anamnese adequada para reconhecimento dos fatores de risco envolvidos é fundamental para a indicação do exame de rastreamento.

A prevenção secundária, atualmente baseia-se nos resultados de citologia e/ou pesquisa do DNA- HPV. A citologia oncótica tem baixa sensibilidade e o rastreamento com teste de DNA-HPV tem baixa especificidade, o que pode levar ao não diagnóstico de câncer ou, por outro lado, ao excesso de tratamento. Muitos sistemas de saúde consideram a troca do exame citológico por pesquisa de DNA- HPV para o rastreio primário, com base em estudos randomizados que demonstraram maiores níveis de eficácia deste último, aumentando a sensibilidade e permitindo intervalos de coleta mais longos. A pesquisa de DNA- HPV de alto risco detecta mais de 90% das neoplasias intraepiteliais de alto grau; assim é considerada ferramenta atrativa de rastreio primário principalmente em países com infraestutura estabelecida, em mulheres com mais de 30 anos, aplicada a intervalos de 5 anos.
Em caso de rastreio com pesquisa de DNA-HPV, a comunicação adequada com as pacientes torna-se prioridade ainda maior, para orientação correta sobre o significado dos testes positivos, o que pode representar muitas vezes uma barreira à sua implementação. Desta forma, as políticas de saúde devem levar em conta modelos matemáticos, em diálogo multidisciplinar, para definir as estimativas de risco de câncer para cada estratégia utilizada, bem como definir o que seria um risco aceitável.
Para reduzir as falhas de infraestrutura para implementação do rastreamento, a pesquisa de DNA-HPV, incluindo a auto-coleta, e a inspeção visual com ácido acético (IVA) tem sido propostos como alternativas. A auto-coleta para teste de HPV parece ser custo-efetiva quando aumenta a cobertura de rastreio, especialmente em países com dificuldade de implementação do método tradicional. A IVA ou inspeção visual com lugol são métodos simples e de baixo-custo que permitem detecção de anormalidades com exame especular sem a utilização de lentes de aumento, por profissionais treinados.
Há estratégias complementares possíveis para melhorar os desfechos, como a pesquisa dos biomarcadores p16/Ki-67, em casos de citologia positiva e/ou teste de DNA-HPV positivo, reduzindo as taxas de exames falso-positivos e aumentando as referências adequadas para colposcopia. Recentemente, o valor preditivo da carga viral de HPV como medida de persistência viral também tem sido investigado. Estudos têm mostrado que uma baixa carga viral, ou a redução de mais de 100 vezes do seu valor inicial ao longo do tempo são associados a maior taxa de regressão da infecção.

A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) ajuda a proteger contra a infecção pelas cepas de HPV que têm mais probabilidade de causar câncer do colo útero
A vacina contra o HPV contém somente certas partes do vírus. A vacina não contém nenhum vírus vivo e, dessa forma, não pode causar infecção por HPV.
Há três vacinas para HPV:* ?Nove-valente: protege contra nove tipos de HPV* ?Quadrivalente: protege contra quatro tipos de HPV* ?Bivalente: protege contra dois tipos de HPVTodas as vacinas contra o HPV protegem contra os dois tipos de HPV (tipos 16 e 18) que causam cerca de 70% dos cânceres de colo de útero. A vacina nove-valente e a quadrivalente protegem contra os dois tipos de HPV (tipos 6 e 11) que causam mais de 90% das verrugas genitais, além de proteger contra os tipos 16 e 18. Apenas a vacina nove-valente e a vacina quadrivalente são recomendadas para meninos e homens.Apenas a vacina nove-valente está atualmente disponível nos Estados Unidos.

Apesar da alta eficácia das vacinas contra o HPV, a aplicabilidade do rastreio para câncer de colo ainda será importante por décadas. A compreensão adequada do impacto da infecção por HPV na carcinogênese cervical e das novas abordagens de rastreio é necessária para informar corretamente às pacientes sobre a segurança de aumentar os intervalos de exame após testes negativos. Além disso, a infraestrutura adequada para garantir adesão ao rastreio, independentemente do teste utilizado, permanece como prioridade.

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Quando é recomendado a Estética Íntima

Ninfoplastia a Laser

Ninfoplastia significa correção cirúrgica da hipertrofia dos pequenos lábios vaginais da mulher. O médico especialista define no planejamento pré cirúrgico, a  extensão do problema e necessidade de áreas adicionais a serem abordadas, tais como grandes lábios vaginais ou capuz clitoreano.
Sem dúvida alguma a modernidade da cirurgia a Laser (CO2) oferecida pela Clinica, promove um acabamento estético e período de recuperação (“downtime”), muito mais confortável para a paciente, tornando um tratamento seguro e de excelência.

Laser íntimo interno (vaginal) e externo (vulvar)

Uso da ponteira com efeito LASER peel na pele da região íntima EXTERNA, para clareamento, efeito tightening, rejuvenescimento e melhora da flacidez da vulva – grandes e pequenos lábios vaginais, e virilha. E uso da ponteira vaginal específica com aplicação INTERNA diretamente na MUCOSA do canal vaginal, para tratamento de sintomas pós menopausa com aumento da hidratação e elasticidade natural da região, regularização do pH e flora vaginal, controle da incontinência urinária e disfunção sexual, além de indução ao efeito de contração de colágeno para o tratamento da Síndrome Uro-Genital (SUG) da menopausa e na Síndrome da Frouxidão Vaginal, seja pós-parto ou pós cirurgia bariátrica.​

Clareamento e Rejuvenescimento Genital

O escurecimento íntimo pode atingir desde lábios vaginais, virilha, parte interna das coxas e região anal!

Tratamentos oferecidos: Clareamento químico com Peelings (ácidos específicos). Fotoclareamento com Luz Pulsada. Fotoclareamento com Lasers (CO2 Fracionado, Erbium, Nd-YAG QS). Microagulhamento elétrico com ativos específicos

Perda de volume e flacidez de grandes lábios vaginais

Preenchimento com ácido hialurônico, bioestimuladores de colágeno e lasers de CO2 e Erbium

Tratamento para vaginismo​

Aplicações de toxina botulínica na mucosa externa e nos músculos de entrada da vagina que sofrerão uma leve paralisação. A musculatura vaginal estará mais relaxada, facilitando a penetração, o que resultará em relações sexuais mais satisfatórias para a mulher

Tratamento de cicatrizes pós a cesariana e pós parto vaginal

O uso de Laser CO2 para cicatrizes pode ser associado no dia de outros tratamentos íntimos a Laser

Benefícios Laser de CO2 vaginal e Radiofrequência íntima

São vários os benefícios proporcionados por esse tratamento. Esse procedimento pode ser feito por mulheres de todas as idades que apresentam algum problema ou desconforto na região íntima.

O tratamento  provoca micro lesões na derme vulvar ou mucosa vaginal, estimulando a produção de novas fibras de colágeno e a REGENERAÇÃO e REJUVENESCIMENTO do local, melhorando sua lubrificação e diminuindo possíveis desconfortos durante o ato sexual por exemplo.

Por ter efeitos mais duradouros, ele também tem a vantagem de não precisar de aplicações diárias ou semanais de produtos para ter eficiência.

Normalmente as queixas das pacientes podem ser apenas uma ou com a soma de algumas dessas:
▪ Ressecamento vaginal
▪ Ardor ou queimação vaginal
▪ Ardor ao urinar
▪ Micção urgente
▪ Infecções do trato urinário
▪ Sangramento após relação sexual
▪ Dor ou desconforto durante o ato sexual
▪ Encurtamento do canal vaginal
▪ Lubrificação vaginal diminuída durante a atividade sexual
▪ Síndrome urogenital
▪ Atrofia vaginal e vestibular
▪ Dispareunia
▪ Incontinência urinária – casos selecionados
▪ Flacidez vulvar

Menopausa Tratamento Laser

Primeiramente, 90% dos casos aqui na Clínica são mulheres com  relação direta com as queixas da MENOPAUSA.

É ideal e seguro para quem busca por um tratamento menos invasivo e não-hormonal.

Em geral as mulheres em idade pré e pós menopausa tem alterações hormonais e consequentemente ressecamento, sensação de ardor e dor durante relação sexual são frequentes.

Portanto, o tratamento “rejuvenesce” a região, reparando a elasticidade do canal vaginal e lubrificação, permitindo o sexo sem dor, o que favorece no aumento do bem-estar global da mulher, desejo sexual e libido e melhora sua saúde sexual.

Efeitos colaterais possíveis

Para quem busca a melhoria na incontinência urinária, o tratamento pode não ser eficaz quando há outros fatores relacionados a esse problema.

Uma leve dor ou desconforto também podem ser notados durante a relação sexual, assim como uma sensibilidade maior na região, principalmente nos primeiros dias após a terapia.

Contra indicações

O rejuvenescimento íntimo é uma das técnicas mais avançadas para o tratamento de doenças ou para efeitos estéticos desejados pela paciente. Suas únicas contra indicações dizem respeito a saúde da mulher, sendo recomendado que sejam feitos exames clínicos para detectar HPV ou outras infecções sexualmente transmissíveis, de modo que o profissional possa avaliar a melhor alternativa para a execução do procedimento. Grávidas também não podem realizar o procedimento, mas é bastante procurada por mulheres no pós-parto.

Laser vaginal após tratamento de câncer de mama

Tanto a radiofrequência quanto o laser são terapias excelentes para aquelas que não podem fazer uso de tratamento hormonal local ou
sistêmico (o estrogênio pode aumentar o risco de recorrência de câncer de mama) e que sofrem com a baixa produção do hormônio.

Mulheres em tratamento de quimioterapia ou com histórico de câncer de mama, entre outros casos como trombose ou em fase de amamentação são elegíveis para serem tratadas com as técnicas de rejuvenescimento vaginal.

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Estética Íntima

Assim como outras partes do corpo, a região vaginal também sofre desgastes naturais por conta da idade, ganho de peso, gravidez, alterações hormonais e até, predisposição genética. A estética íntima é a área que busca melhorar a aparência da região, com técnicas de clareamento e tratamentos para a flacidez e gordura localizada. 

O tratamento é indicado para mulheres que sentem incômodo com algum aspecto físico da região íntima, como flacidez e manchas, por exemplo, o que impacta diretamente na autoestima e na qualidade de vida. O procedimento ideal é decidido e avaliado junto ao ginecologista, e por ele deve ser realizado. Temos duas abordagens de tratamentos para a estética íntima feminina:

  • Laser 

Utilizado tanto para a região externa da vulva quanto para a área interna da vagina, o tratamento a laser estimula a produção de colágeno e ácido hialurônico na mucosa vaginal, o que provoca o aumento da circulação sanguínea e o fortalecimento da região. Assim, são reestabelecidas a firmeza e a elasticidade dos tecidos dessa região.

O laser é indicado para melhora no tônus vaginal (elasticidade e resistência), melhora da lubrificação, desconforto sexual, clareamento, frouxidão ou atrofia vaginal e dispareunia (dor durante a relação sexual). Essa técnica de rejuvenescimento íntimo é ablativa, isto é, um pouco agressiva, o que pode resultar na necessidade de utilizar anestésicos locais, mas não é necessária a internação da paciente, sendo o procedimento realizado no próprio consultório ginecológico. A quantidade de seções a laser a serem realizadas irá depender do objetivo final e da evolução do tratamento.

  • Ninfoplastia

Esse é um procedimento cirúrgico, sendo um tratamento estético íntimo mais agressivo. A ninfoplastia, também conhecida como labioplastia, é indicada para mulheres que tenham os pequenos lábios muito grandes. Esses casos podem gerar grande constrangimento para as pacientes acometidas, impactando suas experiências sexuais e a autoestima.

O objetivo da cirurgia é reduzir o tamanho destas partes de maneira que os pequenos lábios não se projetem para fora dos grandes lábios. Por ser uma cirurgia, esse procedimento exige atenção ao pós-operatório, que pode ser desconfortável e um pouco dolorido, sendo que a paciente precisa de um tempo de repouso até voltar as suas atividades cotidianas normalmente. 

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Reposição Hormonal

Tratamento que busca repor os hormônios estrogênio e progesterona que, com a chegada da menopausa, tem a sua produção interrompida, a reposição hormonal é indicada, preferencialmente, para mulheres que, ao realizarem as suas consultas periódicas com o ginecologista, percebam a proximidade da menopausa e iniciem a reposição antes do quadro se instalar permanentemente.

Esse período que antecede a menopausa é conhecido como climatério, e os principais sintomas são: sensações de calor e sudorese, palpitações, mal-estar e sensações de desmaio, ressecamento vaginal e dor durante a relação sexual, queda na libido, mudanças de humor, insônia, ganho de peso e cansaço frequente. As variações hormonais nessa fase costumam ser bem intensas, tornando-a uma “janela de oportunidade” para iniciar o tratamento.

A reposição hormonal é uma grande aliada da qualidade de vida da mulher, pois ajuda a combater os fogachos, e alivia sintomas como o ressecamento vaginal, problemas urinários e lapsos de memória decorrentes da menopausa. Além disso, a deficiência dos hormônios mexe diretamente com a autoestima da mulher, pois a pele perde o colágeno, que garante a sua firmeza e elasticidade, e o corpo experiência queda de cabelo, ganho de peso e enfraquecimento das unhas. A saúde física e mental da mulher é diretamente impactada pela ausência do estrogênio e da progesterona, aumentando o risco de desenvolvimento de depressão, osteoporose e doenças cardiovasculares. 

A Terapia de Reposição Hormonal pode ser feita com medicamento via oral, adesivos transdérmicos, DIU, creme vaginal, gel para pele, fitoterápicos ou implantes hormonais. Cada tratamento é determinado de maneira individualizada, de acordo com a necessidade e adaptação de cada organismo à reposição. Para isso, o ginecologista solicita uma série de exames que irão auxiliar na avaliação do melhor tratamento.

O limite do início da reposição hormonal é em até 10 anos após a menopausa ou até que a mulher complete 60 anos, após esse período, as vantagens e os fatores de proteção do tratamento não compensam os riscos oferecidos.

O tratamento de reposição hormonal é indicado para mulheres que apresentam consequências intensas ou moderadas do climatério e da menopausa e a definição do tratamento é correspondente a necessidade de cada uma. Com a orientação e acompanhamento profissional, a TRH traz benefícios cardiovasculares, aos ossos, à massa muscular, e protege o cérebro e os neurônios, além de retardar os efeitos do envelhecimento.

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Contracepção

Utilizado para prevenir a gestação e parte essencial do planejamento familiar, a contracepção pode ser dividida em temporária e permanente e de longa ou curta duração. Existem vários métodos contraceptivos, sendo que nenhum deles tem garantia 100%, mas chegam bem perto disto. A eficácia de cada um depende, essencialmente, da disciplina individual em relação ao uso e as boas práticas de cada método, devendo a pessoa seguir todas as recomendações e orientações do medicamento e/ou especialista.

Além do grau de eficácia, cada método contraceptivo tem as suas vantagens e desvantagens que devem ser avaliadas pelo paciente na hora de decidir qual a contracepção ideal para seu organismo e a sua rotina. Essa decisão é tomada em conjunto com o ginecologista ou urologista, pois está relacionada, também, a saúde do paciente.

A seguir, listamos os métodos mais comuns e suas principais características, mas, é essencial frisar que nenhum desses métodos protege contra as doenças sexualmente transmissíveis! Nesses casos, apenas a camisinha, masculina ou feminina, podem prevenir as DST. 

3.1  Oral

Utilizado pelas mulheres, os contraceptivos orais simulam os hormônios ovarianos, o que permite com eles inibam a ovulação. Além disso, eles também afetam a mucosa do útero e causam espessamento do muco cervical, tornando-o impermeável aos espermatozoides. 

Eles podem ser utilizados em qualquer fase da vida reprodutiva da mulher e são uma forma bem eficaz de contracepção. As pílulas anticoncepcionais podem ser compostas pela combinação de estrogênio e progesterona, ou com a presença apenas da progesterona, sendo a escolha determinada de acordo com o histórico e o organismo de cada mulher.

O contraceptivo oral de combinação é contraindicado para mulheres com o hábito intenso de fumo, com câncer de mama atual ou anterior, problemas no fígado como cirrose e adenoma, tromboembolia venosa, lúpus, hipertensão, doenças cardíacas, diabetes, entre outros quadros. Por isso, antes de iniciar o uso de qualquer anticoncepcional oral, é necessário consultar o ginecologista. As taxas de eficácia com hormônios combinados ou apenas a progesterona são praticamente as mesmas, quando utilizado de forma correta e disciplinada.

As desvantagens da contracepção oral são pequenas e provocam poucos efeitos adversos, sendo eles: possibilidade de sangramento intermenstrual, retenção de líquido, aumento reversível da pressão arterial, edema e sensibilidade mamária, ganho de peso, irritabilidade e aparecimento de espinhas. Existe, também, o risco baixo de desenvolvimento de trombose venosa profunda e tromboembolismo. No geral é um método seguro e prático, mas que exige disciplina quanto a ingestão, tendo que ser realizada diariamente no mesmo horário. 

3.2. Injetável

Com fórmula que combina a progesterona com possível associação de estrogênio, o contraceptivo injetável pode ter duração de 1 ou 4 meses e deve ser aplicado na região glútea. As injeções mensais possuem a mesma característica que a contracepção oral, ou seja, suas vantagens e desvantagens são equivalentes. Já as injeções trimestrais, apesar da vantagem de serem aplicadas com espaçamento maior de tempo, podem inibir a menstruação no início do tratamento, elas são recomendadas para mulheres que não podem receber estrogênio, visto que esse formato é composto apenas de progesterona. O tempo para retorno da fertilidade é de, aproximadamente, 9 meses após a última aplicação. 

O anticoncepcional injetável inibe a ovulação, reduz a espessura endometrial e aumenta a espessura do muco cervical, evitando a entrada de espermatozoide e cirando um ambiente hostil a fecundação. As desvantagens e efeitos colaterais desse método também são semelhantes aos da pílula, ou seja, podem provocar: dor de cabeça, acne, alterações do humor, redução da densidade mineral óssea, vertigens e aumento de peso. Já as vantagens ficam por conta do alívio das cólicas menstruais, melhora da anemia e redução dos sintomas provocados pela endometriose.

3.3.  Adesivos

Composto pela combinação de estrogênio e progesterona, seu funcionamento se assemelha ao da pílula e a injeção anticoncepcional, porém, nesse caso, os hormônios são absorvidos gradualmente pela pele no intervalo de 7 dias. No período menstrual, a mulher deve utilizar 3 adesivos, um por semana, e deixar uma semana sem, sendo o tratamento iniciado no primeiro dia da menstruação, tal qual os demais métodos que seguem esse modelo de funcionamento.

O adesivo contraceptivo pode ser colocado em qualquer área do corpo, como braços, costas, parte inferior da barriga ou no glúteo, sendo recomendado evitar a região das mamas, pois pode provocar dor. Ele age no organismo por meio da inibição da ovulação e do aumento da espessura do muco cervical, evitando, assim, que os espermatozoides cheguem ao útero. Esse é um método eficaz, mas, para isso, deve ser utilizado com rigor de acordo com as orientações.

Além dos efeitos adversos já conhecidos dos outros tratamentos, como sangramento vaginal fora de período, retenção de líquidos, aumento da pressão arterial, manchas escuras na pele, enjoo, vômito, dor nos seios, cólicas, dor abdominal, nervosismo, depressão, tontura, queda de cabelo e aumento das infecções vaginais, o adesivo também pode causa irritação na pele e corre o risco de ser visto pelas outras pessoas, o que pode gerar constrangimento.

3.4   Anel Vaginal

Feito de silicone flexível e com formato de anel, esse método contraceptivo tem cerca de 5 centímetros de diâmetro e é inserido mensalmente na vagina. Sua função é impedir a ovulação, o que faz por meio da liberação gradual de hormônios no organismo. Ele é composto de progesterona e estrogênio, que são liberados por 3 semanas, e, após esse período, a mulher deve retirar o anel e ficar 1 semana sem, para, no novo ciclo menstrual, iniciar o processo novamente. 

O anel vaginal, também conhecido como Nuvaring, é encontrado em farmácias e só deve ser utilizado por a recomendação do ginecologista. Seu tratamento começa no 5º dia da menstruação, quando deve colocá-lo e deixar por 21 dias, após isso é necessário retirá-lo e aguardar o tempo de uma semana.

Esse é um método eficaz, tanto quanto a pílula anticoncepcional, só que com doses inferiores de hormônios, e garante o retorno da fertilidade imediatamente após a suspensão do tratamento. O anel vaginal não interfere na relação sexual, sendo que a maioria das adotantes desse método não sentem qualquer interferência ou desconforto durante o ato.

O anel vaginal não é indicado para mulheres que apresentam doenças no fígado, câncer de mama, risco de trombose, suspeita de gravidez, fumantes, hipertensão, cefaleias com alterações neurológicas, diabetes ou com alergia a um dos componentes. Esse método também não pode ser utilizado durante o período de amamentação.

Essa é uma contracepção conveniente, pois é aplicada apenas uma vez no mês pela própria mulher. Seus efeitos adversos incluem aumento do peso, náuseas, dor de cabeça ou acne, tal qual outros métodos a base de hormônios e, é importante se atentar, pois eles podem sair/cair do corpo, tendo assim, seu efeito interrompido.

3.5.  Mirena / Kaylenna

O DIU, dispositivo intrauterino hormonal, é um contraceptivo reversível de longa duração introduzido na cavidade uterina da mulher, liberando diariamente determinada quantidade de progesterona no organismo. Eles são altamente eficaz, especialmente porque não depende da disciplina diária da mulher para o uso correto, como tomar a pílula todo dia ou trocar o adesivo em determinado dia e horário, por exemplo.

Tanto o DIU Mirena quanto novo Kaylenna possuem o mesmo objetivo: provocar uma ação inflamatória local (útero), que afina o endométrio e torna o muco cervical mais espesso, o que dificuldade a entrada do espermatozoide na região e promove um ambiente desfavorável para a fecundação. Além disso, como uma consequência positiva, o DIU hormonal reduz a intensidade e a frequência do fluxo menstrual, podendo, inclusive, resultar numa amenorreia (ausência de menstruação).

A diferença entre o Mirena e o Kaylenna é a dose de hormônios diária liberada no organismo, sendo o da segunda opção menor. Menores quantidades de hormônio significam atenuação de possíveis efeitos colaterais provocados pelo tratamento, como dor de cabeça, irritabilidade, náuseas e retenção de líquido, por exemplo. Por outro lado, mulheres que precisam de um controle menstrual maior podem preferir uma dose maior de hormônios. 

O DIU hormonal precisa ser inserido por um ginecologista devidamente habilitado, a duração desse método é de, no máximo, 5 anos, mas podem ser retirados a qualquer momento de acordo com a necessidade ou vontade da paciente. Após a inserção do DIU, cólicas locais podem acontecer e, é possível, que o corpo o expulse, por isso é importante ficar atenta aos primeiros sinais e realizar acompanhamento periódico com o ginecologista.

3.6.  Implanon

Conhecido como implante ou chip anticoncepcional, ele é um bastonete de silicone com tamanho equivalente a um palito de fósforo colocado abaixo da pele, na parte superior interna do braço. Seu tratamento consiste na liberação diária de pequenas doses de progesterona no organismo, a fim de inibir a ovulação, dificultar a entrada de espermatozoides no útero e criar um ambiente desfavorável a fertilização.

O implanon, nome comercial do implante, deve ser aplicado por um profissional habilitado mas, primeiramente, faz-se necessário realizar alguns exames para verificar se a mulher está apta a recebê-lo. A inserção se dá com o uso de anestesia local e é utilizada uma agulha específica para esse procedimento. O ideal é que ele seja inserido dentro dos 7 primeiros dias do ciclo menstrual.

A duração máxima do implante contraceptivo é de 3 anos, ou seja, ele é de longa duração, mas a retirada pode ser feita a qualquer momento por um ginecologista especializado. Ele é um método eficaz, especialmente para mulheres que não conseguem seguir de forma disciplinada com os métodos contraceptivos de curta duração. 

É especialmente indicado para mulheres que tem alguma contraindicação a anticoncepcionais com estrogênio e para as que sofrem com TPM. Além disso, a OMS também recomenda esse método para adolescentes e mulheres que estão em fase de amamentação, já que não prejudica a produção de leite.

Os efeitos colaterais são cefaleia, dores abdominais e nos seios e, no primeiro ano, pode causar alteração nos padrões de sangramento menstrual e amenorreia. O implanon não é recomendado para mulheres que tenham distúrbio tromboembólico venoso ativo ou histórico de doenças hepáticas.

3.7.   DIU. cobre e prata

Livre de hormônios, o DIU de cobre ou prata não apresenta um material tóxico e nem causa reações alérgicas, sua ação se dá por meio da inflamação do tecido que reveste o útero, o endométrio, provocando, assim, alterações bioquímicas e morfológicas que inibem a fecundação pelo espermatozoide. Ele é o método ideal para mulheres que, por alguma razão, não podem realizar tratamentos com hormônios sintéticos. 

O DIU de cobre possui o formato em T e pode permanecer no organismo por até 10 anos, e, como efeito adverso, pode aumentar o fluxo menstrual. Já o DIU de prata, que leva cobre em sua composição, possui o formato em Y e busca atenuar esse efeito adverso, diminuindo o fluxo menstrual em comparação com o DIU de cobre, porém, sua duração máxima é de 5 anos.

Todas as mulheres em fase reprodutiva são eletivas para colocar o DIU de cobre ou de prata, exceto em casos específicos como infecções uterinas importantes, malformação uterina, por exemplo. O DIU precisa ser inserido por um ginecologista habilitado e é um procedimento simples e rápido, podendo ser introduzido no próprio consultório. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de anestesia e, caso a mulher apresente cólica intensa ou qualquer obstrução do caminho do DIU, ela deve ser encaminhada para o centro cirúrgico. É recomendado que, no dia de inserção do DIU, a mulher faça repouso e evite carregar peso e ter relações sexuais.

Esse método se apresenta como vantajoso por não ter interferência hormonal, ou seja, além do aumento do fluxo menstrual, não apresenta efeitos como ganho de peso, dor de cabeça, náuseas e irritabilidade, além de não contribuir para o aumento do risco de trombose.

O DIU pode ser removido a qualquer momento, sendo um método contraceptivo de longa duração e reversível. A mulher volta a fertilidade imediatamente após a remoção do dispositivo.

3.8.  Laqueadura

Também conhecida como lagadura tubária, consiste em cortar, amarrar ou colocar um anel nas trompas de Falópio, interrompendo assim a comunicação entre o ovário e o útero, o que impede a fecundação. Esse é um procedimento não reversível, dependendo do tipo de laqueadura realizada, pode tentar reverter com cirurgia, mas as chances de êxito são pequenas. Por isso, é muito importante conversar bastante com o ginecologista sobre a adoção desse método e qual o tipo a ser realizado.

A laqueadura é um procedimento cirúrgico simples, com duração de 40 a 60 minutos e deve ser realizado por um ginecologista habilitado. Sua contracepção acontece por impedir que o espermatozoide entre em contato com o óvulo, evitando, assim, a fecundação. 

Como esse encontro é realizado nas trompas, na cirurgia de laqueadura o médico realiza um corte na região e depois amarra as suas extremidades, ou simplesmente coloca um anel. Essa cirurgia pode ser feita por meio de um corte na região abdominal, mais invasiva, ou por laparoscopia, em que são feitos pequenos furos na região abdominal que permitem o acesso às tubas, sendo menos invasivo. Esse procedimento pode ser realizado após a cesariana, aproveitando o corte realizado na região, também.

A laqueadura é um dos métodos contraceptivos mais eficazes, e, apesar de cirúrgico, após a recuperação não deixa qualquer efeito colateral no organismo da mulher, e nem interfere na amamentação – diferente das contracepções a base de hormônio.

3.9.  Vasectomia

Intervenção cirúrgica simples, a vasectomia é recomendada para homens que não querem mais ter filhos e pode ser realizada no consultório do urologista, com duração estimada de 20 minutos. Esse procedimento é realizado por meio de uma pequena incisão, no escroto, nos canais deferentes que conduzem os espermatozoides dos testículos até o pênis, impedindo, assim, a sua liberação durante a ejaculação.

Em alguns casos, a vasectomia pode ser revertida através da ligação dos canais deferentes, mas as chances de êxito variam de acordo com o tempo que passou desde a cirurgia. Isso acontece pois, com o passar do tempo, o corpo deixa de produzir os espermatozoides e passa a produzir anticorpos que os eliminam. Por isso, a vasectomia é classificada como um método contraceptivo de longa duração e permanente, indicada para homens que tenham certeza que não desejam mais descendentes.

A vasectomia não produz um efeito imediato, levando cerca de 3 a 6 meses para garantir a sua contracepção, a depender do volume de ejaculações no período, por isso é importante realizar o acompanhamento com o urologista. Após a cirurgia, a região pode ficar sensível e apresentar dor ao andar ou sentar por alguns dias, devido a inflamação, mas logo esses sintomas desaparecem. A vasectomia não interfere no prazer sexual e as chances de levar a impotência são mínimas.

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Miomas Uterino

Também chamados de fibroma, o mioma é um tumor benigno que se forma no tecido muscular do útero. Acometem, principalmente, as mulheres na fase reprodutiva e não tem uma causa definida, mas, sabe-se que eles estão relacionados a alteração hormonal, pois costumam diminuir de tamanho após a menopausa. Os miomas podem ser únicos ou múltiplos, e ter tamanhos distintos, desde microscópicos até possuir vários centímetros.

Existem 3 subtipos de miomas, classificados de acordo com a região no útero em que se desenvolvem, sendo eles: subseroso, intramural e submucoso. Conhecer o tipo do mioma é essencial para se definir qual a gravidade do caso e qual o melhor tratamento.

O mioma subseroso, também chamado de pediculado, se desenvolve na parte mais externa do útero (serosa) e é nutrido por um vaso sanguíneo. Ele não costuma apresentar sinais ou sintomas, apenas quando cresce muito e causa a compressão dos órgãos próximos. Nesses casos, os sintomas costumam ser dor pélvica, sangramento uterino anormal, anemia, retenção urinária, vontade de urinar com frequência, inchaço dos rins e disfunções intestinais. O desenvolvimento desse tipo de mioma está relacionado a fatores hormonais e genéticos. A primeira menstruação precoce, alimentação rica em carne vermelha, obesidade e consumo excessivo de álcool e cafeína também são fatores que favorecem seu aparecimento.

Já o mioma intramural se desenvolve entre as paredes do útero e, em sua maioria, está relacionado as alterações nos níveis hormonais femininos, mas pode ter influência dos fatores citados acima. Os principais sintomas desse tipo de mioma são dor na região inferior do abdômen, aumento do volume abdominal, alteração no fluxo menstrual, prisão de ventre e dificuldade em urinar. 

Por fim, o mioma submucoso é aquele que se desenvolve na parede mais interna do útero, promovendo maior proliferação de células do miométrio, o que pode afetar a saúde do endométrio e interferir diretamente na fertilidade da mulher. Esse é o tipo de mioma que mais provoca sintomas nas mulheres, sendo eles: sangramento anormal fora do período menstrual, aumento do fluxo sanguíneo no período menstrual observando a presença de coágulos, dor pélvica, anemia, compressão de órgãos próximos, que pode resultar no aumento da frequência urinária, por exemplo.

Os miomas são identificados por meio de exames de imagem como ultrassom, a histeroscopia e a histerossalpingografia solicitados pelo ginecologista. Após definido o diagnóstico, o profissional irá verificar a necessidade de tratamento, que é realizado, normalmente, apenas nos casos que apresentam sintomas intensos como muita dor e menstruação/sangramento abundante ou quando a mulher deseja engravidar.

O tratamento para miomas depende dos sintomas, do tipo do tumor, do seu tamanho e quantidade. O ginecologista pode recomendar o uso de antiinflamatórios, remédios hormonais, suplementos de ferro e a cirurgia, conhecida como miomectomia. Esta última é realizada, principalmente, em casos que o mioma pressiona outros órgãos e provoca os sintomas mais intensos. A cirurgia consiste na remoção do mioma, sem a necessidade de remover o útero.

O mioma dificulta a gravidez e aumenta as chances de aborto, pois ele pode causar deformidades na parte interna do útero. Por isso, é fundamental acompanhamento ginecológico, o profissional irá recomendar tratamentos que atenuem o mioma e promovam maior chance de sucesso da gestação, além de acompanhá-la e garantir a saúde do bebê. 

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Tensão Pré Menstrual

DEFINIÇÃO

A palavra, de origem grega, significa menstruação difícil.  Existem dois tipos de cólica menstrual: a dismenorréia primária e a secundária. Em 80% dos casos a cólica menstrual está associada à dismenorréia primária e se manifesta um a dois anos após a primeira menstruação ou menarca.

A dismenorréia primária é provocada por aumento na produção da chamada prostaglandina pela camada que reveste o útero, denominada endométrio. A prostaglandina é uma substância hormonal produzida a partir do estímulo da progesterona, o hormônio que predomina na segunda fase do ciclo reprodutivo feminino, depois que ocorre a ovulação. O excesso de prostaglandina durante o período menstrual provoca fortes contrações do útero, que é um músculo. Ao contrair-se o útero pressiona os vasos sanguíneos à sua volta, dificultando o suprimento de oxigênio aos tecidos. A dor é resultado da falta de oxigênio em partes do útero. O excesso de prostaglandina afeta outros órgãos e é por isso que a cólica menstrual é freqüentemente acompanhada de sintomas como dor de cabeça, dor nas costas, náusea e vômito, tontura e diarréia.
 
  AS CAUSAS DA DISMENORRÉIA SECUNDÁRIA
 
Ela ocorre, em geral, associada a algum distúrbio nos órgãos reprodutivos femininos, tais como ovários, anexos uterinos ou no próprio útero. As principais condições que podem dar origem à dismenorréia secundária são relacionadas a seguir:

  • Endometriose — doença que leva à proliferação do tecido endometrial
  • Mioma – espécie de tumor benigno que cresce dentro do útero

 Doença inflamatória pélvica — infecção causada por bactéria que começa dentro do      útero e pode se espalhar pelos anexos desse órgão como trompas e ovários

OS PRINCIPAIS SINTOMAS DAS DISMENORRÉIAS
 
Além da dor, que pode ser intensa, também são prováveis os seguintes desconfortos:

  • Náusea
  • Diarréia
  • Vômito
  • Dor na região lombar e do sacro, com irradiação para as coxas
  • Fadiga
  • Nervosismo
  • Tontura
  • Dor de cabeça (cefaléia)
  • Desmaio ou síncope (esta ocorrência é bem rara)

   ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES (Aines) 


Para combater a dismenorréia primária são usados atualmente anti-inflamatórios não-esteróides, de última geração, conhecidos pela forma abreviada AINES. Esses medicamentos bloqueiam a produção das prostaglandinas, diminuem a dor e a inflamação e não produzem efeitos colaterais no aparelho digestivo. Entre os Aines mais usados pelos médicos estão o ibuprofeno, o acetaminophen, o naproxen e naproxeno sódium  — os nomes correspondem ao princípio ativo do medicamento. O uso da medicação deve começar pouco antes ou no início da dor menstrual e ser repetido em intervalos de seis a oitos horas para evitar a formação de mais prostaglandinas.

   PÍLULA ANTICONCEPCIONAL


Para mulheres que sofrem de dismenorréia secundária os médicos podem acrescentar ao tratamento o uso de anticoncepcionais orais. Eles bloqueiam o ciclo hormonal natural e a ovulação, impedindo a produção excessiva de prostaglandinas. As pílulas são eficazes em 80% até 90% dos casos mais graves de dismenorréia.

OUTROS  CUIDADOS


Ao lado da medicação, é recomendável evitar situações de fadiga ou estresse. O cansaço físico ou psíquico produz ansiedade e esta condição emocional piora muito a experiência da dor. Tomar banhos quentes ou usar bolsa de água quente sobre o abdome é outra providência que ajuda a aliviar o desconforto da dismenorréia moderada. A prática regular de meditação, yoga ou de qualquer outra atividade física, independentemente da medicação, contribui para atenuar a dor e melhorar o bem estar. Os médicos recomendam ainda uma dieta leve para os dias de dor mais intensa.

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Uroginecologia e Cirurgia Vaginal

A Uroginecologia e Cirurgia Vaginal é mais uma sub-especialidade da ginecologia que visa o tratamento das queixas urinárias das mulheres com a incontinência urinária de esforço (perda de urina), infecções de urina de repetição, urgênicia miccional (dificuldade de segurar a urina quando apresenta vontade de urinar). Alem disso trata também os prolapsos genitais como a cistocele (bexiga caída), retocele, prolapso uterino (queda do útero), normalmente o tratamento dessas patologias e cirúrgico.

A Cirurgia Vaginal tambem é responsavel por reliazar a histerectomia vaginal em pacientes que nao apresentam prolaso uterino, cirurgias de perineoplastia e tambem plastica intima feminina.

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Ginecologia Infanto Puberal

Esta sub-especialidade da ginecologia é destinada a atender meninas e adolescentes. As principais queixas variam bastante dependendo da idade.Até os 2 anos a principal queixa é a sinéquia dos pequenos lábios (aderência) que pode ser observada ao nascimento ou, posteriormente, pela mãe.

Entre as meninas de 2 a 7 anos é muito freqüente o pediatra solicitar avaliação do(a) ginecologista por corrimento vaginal de repetição (vulvovaginites).

A partir dos 7 – 8 anos, quando a menina já tem uma melhor noção de higiene a queixa principal passa a ser o desenvolvimento do corpo (crescimento dos seios e pelos pubianos, estatura – “qual vai ser minha altura, será que não vou mais crescer porque já menstruei?” , quando deve vir a menstruação, puberdade precoce – aparecimento das mamas e pelos muito cedo)

A maioria das meninas menstruam pela primeira vez ao redor de 12 a 14 anos, assim, nesta idade a principal queixa nos consultórios é relacionada aos ciclos menstruais (Irregularidade menstrual, cólica, hemorragia).

A partir dos 14-15 anos, quando a menina passa a ter noção de sexualidade, namoradinhos etc… as dúvidas em relação a este tema tornam-se comuns, além da preocupação com anticoncepção.